A Prefeitura de Contagem, através da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (TransCon) realiza, entre os dias 19 e 28 de julho, uma série de blitz pelas oito regionais da cidade contra o uso da linha de cerol em pipas. As ações fazem parte da campanha Motociclista Antenado 2022 e têm como objetivo incentivar medidas de proteção que podem salvar vidas de motociclistas e ciclistas. Entre os trabalhos que serão feitos, está a distribuição de antenas que serão instaladas em motos e bicicletas.
A Gerente de Educação para o Trânsito da TransCon, Fernanda Fajardo, comentou a respeito da importância das atividades. “A ação é importante porque a gente atua na prevenção dos acidentes de forma direta, com os motociclistas e ciclistas saindo protegidos das nossas blitzes com a instalação das antenas. Não é só um bate-papo, uma orientação e uma distribuição de material”. A expectativa é de que aproximadamente 100 motociclistas e ciclistas passem diariamente pelas ações em cada regional.
O uso de antena corta-pipa é obrigatório para motociclistas, de acordo com o Artigo 139 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ela protege a região do tórax e do pescoço – onde fica localizada a aorta, principal veia do corpo humano. A não utilização desse equipamento pode colocar em risco a vida de quem pilota, pois o deixa vulnerável a ser atingido pelas linhas cortantes. De acordo com o Hospital João XXIII, em 2021 foram atendidos 26 casos graves de cortes causados por cerol ou linhas similares.
Os perigos do cerol e linhas cortantes
De acordo com o site Cerol Não, o cerol é uma mistura criminosa de cola de madeira com vidro moído que é passado nas linhas das pipas com a intenção de cortar a linha das pipas de outros empinadores. Outra variação perigosa é o uso de pó de ferro, que tem o agravante, pois pode conduzir eletricidade caso a linha toque nos fios de alta tensão, gerando choques elétricos.
A mistura feita de cola e vidro moído possui uma grande capacidade de corte que pode provocar ferimentos profundos que são potencialmente mortais se atingirem a região do pescoço ou que podem deixar sequelas em suas vítimas.
De acordo com a Lei estadual 23.515, quem for flagrado vendendo linhas cortantes pode ser multado no valor de aproximadamente R$ 4.770,30 e, em casos de reincidência, o valor pode chegar a pouco mais de R$ 238 mil. Caso o uso da linha cause dano a alguma pessoa ou a patrimônio público, a multa é aplicada no limite máximo (R$ 238 mil) e não exime o infrator das responsabilidades civil e penal cabíveis. Caso um menor de idade seja apreendido com o uso de cerol ou linhas similares, os pais ou responsáveis são notificados da autuação e o caso é comunicado ao Conselho Tutelar.
Confira abaixo as datas, locais e horários em que as ações da TransCon serão realizadas.
Cronograma sujeito a alteração*
Informações para a imprensa:
Douglas Araújo ou Wilker Cruz: (31) 3329–3364 / (31) 98797-3316