Mulheres no Trânsito
“O número de mulheres que atua profissionalmente no trânsito tem crescido e é comum que cada vez mais empresas optem pela prestação de serviço feminina”. É o que afirmou a diretora de operações de trânsito da TransCon, Mariele Marília, durante o bate-papo com os servidores internos realizado no Dia Internacional da Mulher. “O desafio hoje é vencer o preconceito em um ambiente majoritariamente masculino” completa.
Durante o debate, a diretora desmistificou a frase “mulher ao volante, perigo constante”. De janeiro a dezembro de 2017, 76% dos acidentes no Brasil foram provocados por homens e apenas 24% por mulheres. É o que aponta dados da seguradora Líder, administradora do seguro DPVAT. “Essa frase precisa ser adaptada para mulher ao volante deve ser constante” disse.
Mulheres no Ambiente de Trabalho
Dando continuidade à programação do Mês da Mulher TransCon, a equipe de servidoras aprendeu mais sobre a luta das mulheres no mercado de trabalho com a historiadora Thais Alves. A historiadora mostrou que apenas em 1962 as mulheres passaram a decidir sobre exercer ou não alguma atividade laboral fora de casa. Antes, essa decisão precisava passar pela aprovação dos maridos.
Apesar de todas os desafios já superados e conquistas alcançadas, Thais explicou que “as mulheres ainda convivem com valores patriarcais que implicam numa luta contínua”, pincipalmente em aspectos salariais, domésticos e trabalhistas.
Importunação Sexual
Para encerrar a série de debates que a TrasnCon promoveu no mês da Mulher, a Guarda Civil de Contagem preparou uma palestra sobre Importunação Sexual. No evento, membro da guarda municipal, Ronivaldo Sousa Bruno, ressaltou o despreparo das autoridades em receber a denúncia. “Muitas vezes, no momento de contar o que sofreu, a mulher é desestimulada pelo atendente e julgada pelas roupas que usava” contou.
Outro fator importante apresentado por Ronivaldo, é que não é preciso testemunhas para registra o boletim de ocorrência. “A palavra da mulher basta, mesmo sem testemunha. Está previsto na lei e a vítima precisa saber disso” afirma. Benvinda Fernandes de Macedo, também da guarda civil de Contagem, explicou sobre as consequências que a importunação sexual pode causar na mulher como depressão, medo, estresse pós-traumático e a vergonha em ter o corpo violado. “Mesmo se o autor for diagnosticado com algum tipo de transtorno, ele precisa responder pelo crime porque isso deixa sequelas” disse a agente que integra o time da Patrulha de Proteção à Mulher.